Além dos estados nordestinos, outros nove estados apresentaram percentuais acima da média nacional. Dentre eles, destacam-se Tocantins, com 35,7%, e São Paulo, com 21,9%. Apesar do bom desempenho do Nordeste, os piores índices ficaram com Rondônia, Amapá, Roraima e Santa Catarina, que apresentaram os menores percentuais de alunos em tempo integral.
O ministro da Educação, Camilo Santana, elogiou o desempenho dos estados nordestinos e atribuiu os resultados positivos a programas governamentais, como o Programa Escola em Tempo Integral. Esse programa, sancionado em julho de 2023, prevê um investimento de R$ 4 bilhões com o objetivo de incrementar em 1 milhão o número de matrículas em tempo integral nas escolas de educação básica.
Carlos Eduardo Moreno, diretor de Estatísticas Educacionais do Inep, apresentou um panorama da evolução da proporção de alunos em tempo integral no ensino fundamental ao longo dos anos. Em 2019, o índice era de 10,1% nos anos iniciais e 10,3% nos anos finais. Em 2023, esses números alcançaram 13,6% e 16,5%, respectivamente.
O censo revelou que a rede municipal é responsável pela oferta do 1º ao 5º ano, com 10 milhões de estudantes matriculados, o que representa 86,1% da rede pública. Já os anos finais do ensino fundamental têm uma divisão de responsabilidade mais equilibrada entre estados e municípios.
Com relação ao ensino médio, o Censo registrou uma ligeira queda de 2,4% nas matrículas em 2023, em comparação com o ano anterior. A maioria dos estudantes do ensino médio (84,8%) frequenta o turno diurno, enquanto 15,2% estudam à noite.
De forma geral, os dados revelados pelo Censo Escolar 2023 mostram um panorama detalhado da educação básica no Brasil, com informações sobre escolas, professores, gestores, turmas e características dos alunos. Esses números são fundamentais para orientar políticas públicas e aprimorar a qualidade da educação em todo o país.
