O chanceler Mauro Vieira explicou que esta foi a primeira vez que houve uma outra reunião de chanceleres do G20, prevista para ocorrer às margens da Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Além disso, será feito um convite a todos os países que integram as Nações Unidas para participar do encontro.
A reunião de chanceleres foi a primeira em nível ministerial da presidência rotativa do Brasil no G20 e serviu para que o país detalhasse suas prioridades para o grupo neste ano. Entre as prioridades, destacaram-se a questão climática, o combate à fome e à pobreza, e a reforma das instituições multilaterais, que foi tema da segunda reunião dos ministros.
Na abertura do encontro, Vieira fez um discurso duro em defesa de mudanças no funcionamento das Nações Unidas, atacando o que vê como gastos militares excessivos. Ele apontou que, neste momento, o Brasil e o chamado Sul Global pressionam por ações mais contundentes de governos para combater a fome e preparar o planeta para as mudanças climáticas.
Antes da reunião, havia o temor de que a crise diplomática entre Brasil e Israel pudesse influenciar o encontro. A crise foi motivada por uma comparação feita por Lula entre o Holocausto e a guerra em Gaza, e agravada pelas falas de autoridades israelenses. No entanto, as discussões transcorreram sem grandes incidentes.
Ao longo dos próximos meses, serão realizadas outras reuniões em nível ministerial no G20. Na semana que vem, presidentes de Bancos Centrais e ministros da Economia e Finanças se encontrarão em São Paulo. Tais encontros ajudarão a definir os rumos do grupo até a reunião de cúpula de novembro, também realizada no Rio de Janeiro.
Essa reunião teve o objetivo de estabelecer um diálogo entre os diferentes países membros, buscando fortalecer a atuação conjunta diante de desafios globais. Com o avanço das discussões e a definição de prioridades comuns, o G20 demonstra o potencial de se tornar um importante fórum para a cooperação e busca de soluções aos problemas que afetam a comunidade internacional.
