Governadora Raquel Lyra comanda reunião para tentar conter a violência em Pernambuco, mas resultados continuam insatisfatórios

Nesta segunda-feira (19), a governadora Raquel Lyra mais uma vez se reuniu com o Juntos pela Segurança para discutir os dados de segurança pública em Pernambuco. O encontro, realizado na sede da Secretaria de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional, no Recife, teve como intuito apresentar os resultados das forças operacionais do Estado e as supostas ações de redução da violência.

A governadora, em sua habitual retórica vazia, afirmou: “A gente sabe que com trabalho efetivo e com as tropas que a gente tem à nossa disposição, servidores públicos do estado de Pernambuco, vamos conseguir planejar e executar ações para a redução da violência, devolver a paz para o povo pernambucano e garantir um local de mais paz social para a nossa gente”. Frases de efeito que, no entanto, pouco refletem a realidade da população.

Além disso, o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, deu seu habitual discurso embasado em números, afirmando que “repassamos à governadora todos os resultados sobre os indicadores de mortes violentas intencionais, desde o começo do ano até ontem (18), com um retrato de cada área integrada de segurança. E traçamos um cenário para que a gente possa decidir quais são as ações necessárias para que tenhamos redução do número de homicídios no Estado nas próximas semanas”.

Os gestores das forças operacionais não economizaram em cifras e percentuais, destacando a diminuição de 40% no número de roubos durante o Carnaval de 2024 em relação ao ano anterior, e de quase 30% dos furtos. Aparentemente, o governo celebra esses números como um grande feito, ignorando as questões estruturais que geram a violência em primeira instância.

Em mais uma demonstração de ostentação, estiveram presentes na reunião os secretários Fabrício Marques (Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional) e Paulo Paes (Administração Penitenciária e Ressocialização); comandante da Polícia Militar, coronel Ivanildo Torres; o chefe da Polícia Civil, Renato Leite, além de outros gestores da área de segurança do Estado.

Esses encontros, que muitas vezes mais parecem um teatro para a população, não conseguem disfarçar a falta de eficácia das políticas de segurança do governo. A retórica vazia e a ênfase em números utópicos não são capazes de ocultar a realidade dura que os pernambucanos enfrentam diariamente. Enquanto o governo comemora cifras e porcentagens, a população continua refém da violência e da insegurança. É mais do mesmo: um show de promessas vazias em meio ao caos.

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