O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, destacou as necessidades de valorização dos servidores e de aporte orçamentário para o órgão. Segundo Agostinho, o Ibama chegou a ter mais de seis mil servidores, mas hoje conta com pouco mais de 2,5 mil, enfrentando o desafio de perder cerca de mil servidores para a aposentadoria nos próximos três anos. Ele ressaltou a importância de assegurar condições necessárias para que o órgão possa desempenhar suas funções adequadamente.
Além do monitoramento e controle da qualidade ambiental, o Ibama tem como missão executar as políticas nacionais relacionadas à fiscalização do uso sustentável dos recursos naturais. Ao longo de suas três décadas de existência, o Ibama ocupou um lugar estratégico no controle e monitoramento ambientais, no licenciamento ambiental federal e na proteção da biodiversidade.
Jerônimo Martins, diretor de comunicação da Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema), ressaltou que o órgão está retomando a credibilidade, o que possibilita a mobilização de recursos de fundos internacionais. Entretanto, os servidores enfrentam dificuldades em relação à restruturação da carreira, que ainda não avançou.
Martins destacou a importância de discutir a redistribuição salarial entre os diferentes cargos, além da necessidade de repensar a gratificação de atividade de risco para quem trabalha em localidades mais precárias e de difícil acesso. Ele ressaltou ainda que é fundamental manter as ações de combate ao desmatamento ilegal em todos os biomas, não apenas na Amazônia.
A Agência Brasil procurou o Ibama para obter posicionamento sobre as demandas dos servidores, mas ainda aguarda resposta. Enquanto isso, o órgão segue com suas atividades de combate aos crimes ambientais e de proteção da biodiversidade.