Manifesto “O Brasil Escolheu a Democracia” denuncia tentativa de golpe e reúne grupos da sociedade civil, partidos políticos e juristas.

Um manifesto chamado O Brasil Escolheu a Democracia foi lançado na última quinta-feira, dia 22, na Câmara dos Deputados em Brasília. O ato, organizado por cerca de 90 grupos da sociedade civil, entre movimentos sociais, sindicatos e partidos políticos, além de juristas, alerta a sociedade sobre a “reação contra a legalidade democrática por parte daqueles que comandaram, organizaram e financiaram” os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

O documento afirma que os investigados pela tentativa de golpe de Estado no ano passado estão novamente ameaçando a democracia e buscando impunidade por meio de atitudes contrárias às investigações da Polícia Federal (PF) sob supervisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Os representantes das organizações signatárias do manifesto citam as convocações do ex-presidente Jair Bolsonaro para atos contrários à investigação sobre 8 de janeiro e destacam que não há como entender a reação dos golpistas de outra forma que não seja como mais um ataque à democracia. As organizações também informaram que irão colher mais assinaturas e criar observatórios de Defesa da Democracia em todos os estados e no Distrito Federal.

Para o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, chegou a ser preso por porte ilegal de arma e de pepita de ouro de garimpo ilegal durante a operação Tempus Veritatis. A investigação aponta ainda que o general Walter Braga Netto, então candidato a vice-presidente na chapa derrotada em outubro de 2022, teria orientado ataques contra generais que não aderiram ao plano de golpe de Estado.

O documento é assinado por organizações como a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), Associação de Juízas e Juízes para a Democracia (AJD), Grupo Prerrogativas e Associação dos Advogados e Advogadas pela Democracia, Justiça e Cidadania (ADJC). Centrais e sindicatos, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Confederação Nacional de Trabalhadores na Educação (CNTE) e a Federação Única dos Petroleiros (FUP), além do PSOL, PCdoB e PT, também assinam o manifesto. O manifesto é assinado ainda por dezenas de movimentos sociais como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a União Nacional dos Estudantes (UNE), o Movimento Negro Unificado (MNU) e a Central de Movimentos Populares.

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