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Matrículas em escolas privadas voltam a crescer e ultrapassam números pré-pandemia, aponta Censo Escolar 2023 do Inep

O número de matrículas na educação básica em escolas privadas voltou a crescer após a crise sanitária da pandemia de Covid-19. Entre 2021 e 2023, houve um aumento de 15% no número de alunos nesse segmento, segundo dados do Censo Escolar divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Durante a crise, as escolas particulares tiveram uma queda significativa no número de alunos, passando de 9,1 milhões em 2019 para 8,1 milhões em 2021. No entanto, a partir de 2022, as instituições privadas começaram a recuperar o número de matrículas, alcançando 9,4 milhões em 2023, um aumento de 400 mil novos estudantes.

Por outro lado, as escolas públicas, que reúnem 80% das matrículas, apresentaram uma redução de 1% no número de alunos, passando de 38,3 milhões para 37,8 milhões de estudantes. Esses dados indicam uma mudança no panorama da educação básica brasileira, com um aumento da demanda por instituições privadas em detrimento das públicas.

O Censo Escolar é a principal pesquisa estatística da educação brasileira e fornece informações sobre o número de escolas, professores, turmas e matrículas, além de dados sobre a infraestrutura das escolas. Ele é fundamental para o planejamento e o repasse de recursos do governo federal, bem como para o monitoramento das políticas públicas na área da educação.

O resultado do Censo Escolar 2023 foi divulgado pelo Ministério da Educação em fevereiro, e as informações consolidadas do país, assim como os microdados, estão disponíveis para consulta. Esses dados são essenciais para calcular indicadores de monitoramento da educação brasileira, como as taxas de rendimento e de fluxo escolar, além de permitir um acompanhamento mais efetivo das políticas públicas pelo setor da sociedade civil. Todo o material pode ser acessado no site do Inep.

Portanto, o aumento no número de matrículas nas escolas privadas evidencia a recuperação desse segmento após um período de queda causado pela pandemia, sinalizando um novo cenário na educação básica do país.

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