“Podemos confirmar sem dúvida alguma que nossa equipe está na superfície da Lua, e estamos transmitindo”, declarou Tim Crain, da Intuitive Machines, durante a transmissão ao vivo em vídeo da empresa.
O módulo de alunissagem Nova-C, que transporta experimentos científicos da Nasa, mede um pouco mais de quatro metros de altura. Decolou da Flórida na semana passada, e ontem entrou na órbita lunar.
Durante a descida, de aproximadamente uma hora, o aparelho utiliza câmeras e lasers para se orientar.
O motor também serve para freá-lo e prepará-lo para a descida final, que é vertical, a partir de uma altura de 30 metros. A partir daí, o módulo de alunissagem passa a ser completamente autônomo.
Nesse momento, uma pequena máquina equipada com câmeras, desenvolvida pela Universidade Aeronáutica Embry-Riddle, deixa o módulo de alunissagem para capturar o momento do pouso do lado de fora.
A operação bem-sucedida não marca apenas um feito importante para o setor espacial privado, já que é o primeiro pouso de uma sonda americana na Lua desde o encerramento do lendário programa Apollo em 1972.
Recentemente, Índia e Japão conseguiram pousar no satélite natural graças a suas agências espaciais nacionais, tornando-se o quarto e o quinto país, respectivamente, a consegui-lo, depois de União Soviética, Estados Unidos e China.
Mas diversas empresas privadas – israelenses, japonesas e americanas – tentaram o feito em vão. A Rússia também fracassou na tentativa de pousar uma nave no satélite natural em agosto do ano passado.
O local de pouso escolhido pela companhia texana está localizado a aproximadamente 300 km do polo sul lunar. A cratera designada para a alunissagem chama-se Malapert A, em homenagem a um astrônomo do século XVII.
O polo sul é de interesse especial porque contém água na forma de gelo, que poderia ser explorada. A Nasa espera enviar astronautas à Lua partir de 2026 com as missões Artemis. Para prepará-las quer estudar essa região mais de perto.
Para isso, usa seu novo programa CLPS, que contratou empresas privadas para levarem seu material científico à Lua, em vez de desenvolver ela mesma os veículos para isso.