ONU revela que mais de 14 milhões de ucranianos foram deslocados devido à invasão russa há dois anos.

Há dois anos, a Rússia iniciou uma invasão militar na Ucrânia, desencadeando a maior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 14 milhões de pessoas foram forçadas a abandonar suas casas desde o início do conflito, o que representa quase um terço da população do país antes da guerra. Dentre esses desabrigados, cerca de 6,5 milhões buscaram refúgio em outros países.

O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, classificou o “horrível custo humano” causado pela invasão russa à Ucrânia como alarmante. Ele ressalta que o ataque armado em grande escala da Rússia continua gerando violações graves e generalizadas dos direitos humanos, com um impacto devastador na população civil.

A diretora-geral da Organização Internacional para as Migrações (OIM), Amy Pope, fez um apelo para que a atenção se volte para a recuperação econômica e social da Ucrânia, em face dos enormes desafios enfrentados pelos que retornaram para suas casas. Segundo a OIM, 3,7 milhões de pessoas continuam deslocadas internas no país, enquanto 4,5 milhões retornaram para suas casas, mas encontram-se em meio a uma realidade de insegurança e infraestruturas danificadas.

Segundo a OIM, a guerra na Ucrânia demandou 957 milhões de dólares em doações, de forma a atender às necessidades básicas da população afetada. A organização estima que seriam necessários 4,2 bilhões de dólares este ano para atender às necessidades emergenciais da Ucrânia e de seus refugiados, mas teme não alcançar este objetivo devido ao foco da atenção mundial na emergência da guerra em Gaza.

A OIM destacou que a recuperação da economia ucraniana depende do apoio crescente de doadores e da colaboração dos parceiros locais para enfrentar os desafios futuros e proporcionar uma vida melhor aos ucranianos. Enquanto isso, a destruição causada pela guerra afeta milhões de pessoas, que vivem ao relento e sobrevivem em condições precárias.

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