Nesse sentido, é possível observar que em 2000, apenas 59,2% dos brasileiros tinham acesso a sistema de esgoto adequado, enquanto que na pesquisa de 2010, esse número subiu para 64,5%. Com os dados atuais, evidencia-se que 62,5% possuem acesso à rede geral, rede pluvial ou fossa ligada à rede, e 13,2% contam com fossa séptica ou fossa filtro não ligada à rede, conforme apontou o Censo 2022.
É importante ressaltar que o Plano Nacional de Saneamento Básico considera essas duas modalidades como adequadas. O pesquisador do IBGE Bruno Perez ressaltou que o acesso ao esgotamento sanitário adequado cresce de acordo com o tamanho da população do município, demonstrando que os municípios com mais de 500 mil habitantes somam 91,3% de seus moradores com acesso a esgoto adequado.
Em relação às regiões do país, observou-se um crescimento no acesso ao esgotamento sanitário adequado. No Sudeste, por exemplo, a proporção subiu de 81% para 90,7%, enquanto no Sul, houve um aumento de 62,2% para 83,9%. No Nordeste, a proporção cresceu de 43,2% para 58,1%, e no Norte, passou de 31,1% para 46,4%.
Além disso, o Censo 2022 também abordou o acesso da população a banheiros. Conforme os resultados, 97,8% da população possuía banheiro de uso exclusivo, o que significa um avanço em relação aos números de 2010. O acesso a banheiros de uso exclusivo foi maior nas regiões Sudeste (99,8%), Sul (99,7%) e Centro-Oeste (99,3%), e menor no Norte (90,5%) e Nordeste (95,3%).
Outro dado relevante é o aumento no número de residências com dois ou mais banheiros no país. Em 2022, esse número subiu para 33,7%, em comparação com os 28,5% registrados em 2010.
Diante disso, os dados do Censo 2022 apontam avanços significativos em relação ao acesso da população brasileira a sistemas de esgotamento sanitário adequado e banheiros, demonstrando um progresso em termos de saneamento básico no país.