O estudo apontou que em 2000, apenas 59,2% dos brasileiros possuíam acesso a um sistema de esgoto adequado, enquanto em 2010 esse número subiu para 64,5%. Agora, no Censo atual, os 75,7% estão divididos entre aqueles que têm acesso à rede geral, rede pluvial ou fossa ligada à rede (62,5%) e os que contam com fossa séptica ou fossa filtro não ligada à rede (13,2%). De acordo com o Plano Nacional de Saneamento Básico, ambas as modalidades são consideradas adequadas.
O pesquisador do IBGE, Bruno Perez, destacou a importância de considerar a situação do domicílio em áreas rurais para compreender esses dados. Ele ressaltou que a rede geral de esgoto não abrange todas as regiões, o que justifica a utilização de outras soluções como a fossa séptica. Além disso, a pesquisa revelou que a proporção de pessoas com acesso a um sistema de esgoto adequado varia de acordo com o tamanho da população do município, sendo mais elevada nas cidades de maior porte.
Apesar do crescimento do acesso ao esgotamento sanitário em todas as regiões do país de 2010 a 2022, ainda persistem desigualdades entre elas. O Sudeste alcançou a maior proporção, com 90,7% de esgoto adequado, seguido pelo Sul, com 83,9%. Já o Nordeste e o Norte tiveram avanços mais modestos, mas ainda significativos, chegando a 58,1% e 46,4%, respectivamente. O Centro-Oeste foi a região que apresentou o crescimento mais intenso, atingindo 73,4% de esgoto adequado.
Além disso, o Censo 2022 também abordou o acesso da população a banheiros, revelando que 97,8% dos brasileiros possuem um banheiro de uso exclusivo. Esses dados demonstram avanços significantes na infraestrutura básica do país, refletindo melhorias na qualidade de vida e no bem-estar da população.
