O Censo apontou que 8,4% dos brasileiros precisam depositar o lixo em uma caçamba para que seja recolhido pelas equipes de limpeza. Houve um aumento significativo na proporção de coleta de lixo, direta e indireta, ao longo dos anos, saindo de 76,4% em 2000 para 85,8% em 2010 e alcançando 90,9% em 2022.
O pesquisador do IBGE, Bruno Perez, destacou que as unidades da federação com menor proporção de coleta em 2022, como Piauí, Acre e Maranhão, tiveram um aumento significativo de 2010 para 2022. O Maranhão, por exemplo, foi o estado que mais elevou a proporção da população atendida por coleta de lixo. Os percentuais de cobertura subiram em locais como Maranhão, Piauí e Acre, enquanto São Paulo se destaca como o estado com maior cobertura, alcançando 99%.
Em relação ao acesso à água para consumo, a pesquisa apontou que 82,9% dos brasileiros são abastecidos por redes gerais de distribuição, consideradas adequadas segundo o Plano Nacional de Saneamento Básico. O pesquisador ressaltou que o Plano Nacional de Saneamento estabelece as formas de abastecimento como adequadas desde que a água seja potável e não falte, porém essas características não foram investigadas no Censo.
No que diz respeito aos tipos de moradia no Brasil, as casas são o principal tipo de domicílio, totalizando 84,8% dos brasileiros vivendo nesse tipo de moradia. Em segundo lugar, estão os apartamentos (12,5%), seguidos por casas em vilas ou condomínios (2,4%). Diferentes tipos de residências foram registrados, destacando-se a presença de casas de cômodos, habitações indígenas e estruturas residenciais degradadas ou inacabadas.
Em suma, o Censo 2022 revelou dados importantes sobre os serviços de coleta de lixo, acesso à água e tipos de moradia, fornecendo informações relevantes para análises e políticas públicas relacionadas à infraestrutura e saneamento básico no país.