Diante do cenário de devastação e desespero em Gaza, Israel enviou uma delegação a Paris nesta sexta-feira (23) com o objetivo de negociar uma trégua no território palestino. O diretor da agência israelense de inteligência externa (Mossad), David Barnea, e o chefe do serviço de segurança (Shin Bet), Ronen Bar, desembarcaram na capital francesa com a missão de destravar as negociações.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, propôs um plano para o pós-guerra em Gaza, sugerindo que o território seja governado por funcionários locais sem vínculos com países ou entidades que apoiam o terrorismo. Além disso, o plano prevê que o exército de Israel possa operar em Gaza e na Cisjordânia para evitar qualquer ressurgimento da atividade terrorista.
No entanto, as propostas de Netanyahu foram recebidas com críticas pela Autoridade Palestina, que alegou que os planos visam perpetuar a ocupação israelense dos territórios palestinos e impedir a criação de um Estado palestino. Enquanto isso, autoridades do Hamas em Beirute afirmaram que as ideias apresentadas pelo líder israelense nunca terão êxito.
Enquanto as negociações diplomáticas seguem em Paris, os bombardeios israelenses continuam em Gaza, causando mais mortes e destruição. A situação humanitária na região é alarmante, com milhares de pessoas à beira da fome. A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que a maioria dos habitantes de Gaza enfrenta uma crise alimentar sem precedentes.
Apesar dos esforços dos mediadores internacionais, a violência e a desigualdade persistem no conflito entre Israel e Palestina. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos denunciou violações graves cometidas por todas as partes envolvidas. A busca por uma trégua se torna cada vez mais urgente, na tentativa de evitar mais mortes e sofrimento para a população civil devastada pelos combates.
