Segundo a investigação, informantes alertaram as autoridades americanas de que grupos de traficantes teriam mantido contato com os aliados de López Obrador antes e depois de sua eleição em 2018. Em um dos casos, esses assessores teriam recebido a quantia de US$ 4 milhões.
No entanto, vale ressaltar que durante a apuração das autoridades policiais dos EUA, não foi encontrada nenhuma ligação direta entre o presidente mexicano e grupos criminosos. O próprio Departamento de Justiça emitiu um comunicado afirmando que não há investigação em curso contra López Obrador.
Em uma atitude bastante controversa, durante uma coletiva de imprensa, López Obrador divulgou publicamente o número de telefone celular da jornalista responsável pela matéria, Natalie Kitroeff, do New York Times. Essa ação gerou críticas e preocupações, inclusive do veículo de comunicação, que classificou o ato como inaceitável.
Além disso, o Instituto Nacional de Transparência, Acesso à Informação e Proteção de Dados Pessoais (INAI) do México está investigando se tal divulgação do número de telefone constitui violações de princípios e deveres estabelecidos na lei de dados. O órgão é responsável por zelar pela transparência das operações governamentais e coibir abusos de poder.
Essa não é a primeira vez que López Obrador se envolve em polêmicas com a imprensa. Recentemente, ele atacou um repórter da ProPublica que investigava doações de cartéis de drogas para sua campanha presidencial em 2006.
Portanto, as recentes atitudes do presidente mexicano têm gerado preocupação e críticas, especialmente no que diz respeito à liberdade de imprensa e transparência governamental. É importante que tais questões sejam tratadas com seriedade e responsabilidade, visando o bem-estar da sociedade como um todo.
