Resolução do Ministério da Justiça define medidas para instalação de canil e gatil em presídios visando ressocialização de detentos

Uma nova resolução do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, foi publicada no Diário Oficial da União nesta sexta-feira (23), trazendo diretrizes para a implementação de canis e gatis em unidades prisionais de todo o país. Essa iniciativa tem como objetivo capacitar presidiários por meio da oferta de cursos técnicos de cuidados e treinamento de animais.

De acordo com a resolução, a ideia surgiu a partir de projetos bem-sucedidos desenvolvidos no Centro de Detenção Provisória de Taubaté e na Penitenciária de Tremembé 1, que demonstraram a importância dessas atividades na ressocialização dos detentos, na humanização do sistema prisional e no desenvolvimento de aspectos afetivos, sociais, morais e éticos. A intenção é contribuir para a construção da paz social por meio do contato com os animais.

Com base nessas experiências, foram estabelecidas diretrizes para a padronização na instalação dos canis e gatis, incluindo a necessidade de Acordos de Cooperação Técnica entre Executivo, Judiciário e prefeituras municipais. Além disso, a resolução propõe parcerias com faculdades e escolas técnicas de veterinária para a realização de cursos para os presidiários.

Além do aprendizado sobre cuidados básicos com os animais, o documento sugere a capacitação para treinamento de cães com finalidades específicas, como animais de assistência, cão-guia, cão-ouvinte ou cão de serviço. Outras regras estabelecidas incluem a obrigatoriedade de vacinação, vermifugação e castração dos animais antes de sua entrada nas instituições prisionais, bem como a proibição de participação de presos que tenham cometido abusos ou maus-tratos aos animais.

Dentre os objetivos do programa, estão a qualificação profissional dos detentos, visando sua reinserção no mercado de trabalho e a redução da reincidência criminal. Com a oferta de cursos e oportunidades de trabalho na área de cuidados e treinamento de animais, o programa busca aumentar as chances de empregabilidade e favorecer a reintegração social dos presidiários.

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