Durante sua estadia no país, Laurence Tubiana apresentou aos representantes brasileiros os detalhes de uma força-tarefa criada para debater a necessidade de mobilizar recursos financeiros para apoiar a transição de países em desenvolvimento e vulneráveis para uma economia de baixo carbono. O grupo é liderado pela Fundação Europeia do Clima, contando com a colaboração dos governos da França, Quênia e Barbados, além de já contar com o apoio de países como Espanha e Colômbia.
Em entrevista na Embaixada da França, Laurence destacou a importância de buscar novas fontes de financiamento, incluindo o trabalho com novas formas de tributação internacional. A diretora pontuou que a questão do financiamento é crucial, especialmente para países em desenvolvimento que necessitam de recursos adicionais para lidar com as mudanças climáticas.
Durante seu tempo no Brasil, Laurence Tubiana teve a oportunidade de se reunir com a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. Um dos temas discutidos foi a importância da participação da sociedade civil, incluindo as comunidades indígenas, nas discussões da COP30.
A diretora elogiou o Plano de Transição Ecológica do Brasil, ressaltando que o plano não apenas aborda a questão das mudanças climáticas, mas também propõe medidas para o desenvolvimento econômico, combate à pobreza e desigualdades. Laurence Tubiana também criticou a presença do setor petroleiro em conferências climáticas anteriores, sugerindo que eles contribuam sem estar no centro dos debates.
Além das reuniões no Brasil, a diretora visitou autoridades em Brasília e participará do Fórum Brasileiro de Finanças Climáticas em São Paulo. Laurence Tubiana, que já foi embaixadora da França para Mudanças Climáticas e representante especial para a COP21, é uma das principais defensoras do Acordo de Paris e continua seu trabalho incansável em prol do clima.