Rússia promete vingança contra sanções do Ocidente em meio a controvérsias políticas e morte de opositor.

O ex-presidente russo e atual número dois do Conselho de Segurança, Dmitri Medvedev, causou polêmica ao afirmar que a Rússia se vingará das sanções ocidentais adotadas por ocasião do segundo aniversário da ofensiva na Ucrânia e da morte do opositor Alexei Navalny. Em uma declaração feita em sua conta no Telegram, Medvedev argumentou que as sanções implementadas pelos Estados Unidos, pela União Europeia e pelo Reino Unido têm como objetivo prejudicar os cidadãos russos em benefício do mundo ocidental.

O alto funcionário russo foi enfático ao classificar esses países como inimigos e enfatizou a importância de retaliar sempre que possível. Ele encorajou a criação de dificuldades nas economias dos países ocidentais e o apoio ao descontentamento popular em relação às políticas das autoridades ocidentais. Além disso, Medvedev sugeriu que a Rússia realizasse atividades em seus territórios que não poderiam ser abordadas publicamente, levantando suspeitas sobre possíveis ações secretas do governo russo.

Medvedev, que já foi presidente da Rússia entre 2008 e 2012, era considerado um líder mais liberal. No entanto, desde o início da crise na Ucrânia, ele tem se destacado como uma das vozes mais radicais contra os poderes ocidentais. A Rússia também tem sido frequentemente acusada de promover campanhas de desinformação nos países ocidentais, o que aumenta a tensão nas relações entre o leste e o oeste.

Essas declarações de Medvedev surgem em um momento em que a Rússia está enfrentando crescente pressão internacional, principalmente devido à sua intervenção na Ucrânia e às violações dos direitos humanos no país. A retaliação prometida pelo ex-presidente russo levanta preocupações sobre o agravamento do conflito entre a Rússia e o mundo ocidental e pode ter repercussões significativas nas relações internacionais. Medvedev concluiu sua declaração reiterando a necessidade de se manter vigilante contra os inimigos externos e de proteger os interesses da Rússia a todo custo.

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