O presidente executivo e cofundador da Intuitive Machines, Steve Altemus, explicou que a sonda possivelmente ficou com o pé preso na superfície lunar, resultando no tombamento do módulo de aterrissagem. Com o auxílio de uma maquete, Altemus mostrou como o dispositivo pode estar inclinado, provavelmente apoiado em uma rocha, o que o deixaria parcialmente “elevado”.
Mesmo com a posição inusitada, a sonda ainda tem a capacidade de produzir energia graças aos seus painéis solares e operar normalmente. Fotos serão divulgadas no decorrer do fim de semana para confirmar a situação da Odysseus. Esta é a primeira vez em mais de 50 anos que um dispositivo americano pousa na Lua, transportando instrumentos científicos da Nasa.
Prevista para a missão estava a ejeção de uma pequena espaçonave com uma câmera desenvolvida pela Embry-Riddle Aeronautical University para capturar imagens do local. No entanto, complicações surgiram nessa etapa e o lançamento foi adiado. A universidade informou que a manobra será realizada durante a missão em solo, fornecendo uma visão externa do módulo de alunissagem.
A alunissagem bem-sucedida foi comemorada por diversos setores, incluindo concorrentes que, no passado, fracassaram em suas tentativas de pousar na Lua. A Nasa, por sua vez, celebrou o feito, uma vez que a empresa assinou um contrato milionário para transportar instrumentos científicos nesta missão denominada IM-1. Uma reviravolta aconteceu durante a operação devido a uma falha no sistema de navegação, que foi contornado graças a um sistema de laser da Nasa programado em cima da hora.
A missão da Intuitive Machines é parte do programa CLPS da Nasa, que terceiriza o transporte de instrumentos científicos com o objetivo de diminuir custos e aumentar a frequência de viagens. A estreia da empresa nesse programa resultou em um aumento de 22% em suas ações na Bolsa de Nova York nesta sexta-feira. Outras quatro missões lunares americanas estão programadas para este ano como parte do programa CLPS, destacando a relevância e o interesse crescente nas explorações espaciais.
