Governo de Javier Milei proíbe linguagem inclusiva nas Forças Armadas argentinas e Ministério da Defesa em nova resolução.

O governo argentino tomou uma decisão polêmica ao proibir a utilização da linguagem inclusiva nas Forças Armadas e órgãos do Ministério da Defesa. A medida, assinada pelo ministro Luis Petri e publicada recentemente, gerou controvérsias e debates sobre a questão de gênero e inclusão na sociedade.

A resolução estabelece que termos como “soldada” e “generala” são proibidos, e que a linguagem a ser utilizada deve seguir as normativas da língua espanhola, conforme estabelecido pela Real Academia Espanhola (RAE). Além disso, estruturas para se referir a identidades não binárias, como “soldadxs” ou “soldades”, também foram vetadas.

Essa medida foi interpretada como uma postura conservadora por parte do governo argentino, liderado pelo presidente Javier Milei, que se autointitula um “libertário anarcocapitalista”. Segundo o presidente, a linguagem inclusiva e a chamada “ideologia de gênero” são parte de uma suposta “doutrinação” do “marxismo cultural”, que buscam reverter a ordem social no Ocidente.

A questão da linguagem inclusiva não era objeto de uma norma explícita, mas em um documento do governo anterior foi mencionada a necessidade de acompanhar as mudanças culturais nas relações de gênero. No entanto, a proibição da linguagem inclusiva pelo governo de Milei demonstra uma postura mais conservadora em relação a essas questões.

Essa decisão gerou críticas por parte de grupos que defendem a igualdade de gênero e a inclusão na sociedade. O debate sobre o uso da linguagem inclusiva continua sendo um tema controverso em diversos setores da sociedade argentina, e a proibição imposta pelo governo tende a fomentar ainda mais discussões sobre essas questões.

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