Os documentos judiciais mostram que o recurso foi apresentado nesta segunda-feira, após o juiz Arthur Engoron oficializar a sentença de fraude civil. O veredito foi publicado uma semana após Engoron considerar Trump, Donald Trump Jr. e Eric Trump responsáveis pelo ato fraudulento. Os advogados argumentam que o juiz cometeu erros de lei e/ou de fato, abusou de sua discrição e/ou agiu além de sua jurisdição.
Caso o recurso seja negado, o ex-presidente terá que pagar a multa de US$ 355 milhões, além de cobrir cerca de US$ 100 milhões em juros, totalizando US$ 455 milhões (R$ 2,26 bilhões). Já seus filhos terão que pagar mais de US$ 4 milhões cada, referentes aos ganhos obtidos indevidamente por causa da fraude.
Trump, que enfrenta 91 acusações criminais em quatro processos criminais, utilizou seus problemas legais para alimentar seus apoiadores e criticar seu possível oponente, o presidente Joe Biden, alegando que os processos são uma tentativa de prejudicá-lo politicamente.
A decisão do juiz Engoron, proferida em fevereiro, considerou as penalidades financeiramente devastadoras como justas diante do comportamento de Trump. O recurso significa que o caso continuará durante a campanha presidencial e pode se estender após a votação de novembro.
Trump, que fez fortuna como incorporador imobiliário e empresário em Nova York, corre o risco de enfrentar consequências significativas de ordem financeira enquanto busca se reerguer politicamente. A saga judicial do ex-presidente reflete a complexidade de seus anos no poder e como ele pretende lidar com os desafios legais enquanto busca retornar ao cenário político.
