Shtayyeh, um economista acadêmico que assumiu o cargo em 2019, destacou a necessidade de considerar a situação emergente em Gaza, que foi duramente afetada pelos confrontos intensos dos últimos meses. Ele ressaltou que as próximas etapas requerem novos arranjos governamentais e políticos que levem em conta a realidade no território, além de buscar um consenso interpalestino urgente.
A renúncia de Shtayyeh deve ser aceita por Abbas, que pode solicitar que ele permaneça como interino até a nomeação de um substituto permanente. Esse movimento visa abrir caminho para negociações visando um governo de unidade, reunindo as facções Fatah e Hamas, que têm buscado chegar a um acordo para governar os palestinos de forma conjunta.
A Autoridade Palestina, estabelecida há três décadas com os acordos de paz de Oslo, tem seu poder limitado sobre partes da Cisjordânia, porém perdeu o controle sobre Gaza em 2007 após confrontos com o Hamas. As negociações em Moscou previstas para esta semana entre as duas facções indicam um movimento em direção à paz e à estabilidade na região.
Israel, por sua vez, prometeu destruir o Hamas e se opõe a um eventual retorno da Autoridade Palestina ao controle de Gaza, argumentando questões de segurança. A violência já provocou a morte de milhares de palestinos e israelenses, além de deslocar grande parte da população local de suas casas.
Em meio a esse cenário tenso e complexo, a renúncia de Shtayyeh abre espaço para um novo capítulo na história palestina, que pode resultar em avanços significativos na busca por uma solução pacífica e duradoura para o conflito na região.