O relatório, elaborado com base em depoimentos colhidos em Santos e São Vicente, apontou que a operação penalizou injustamente diversas vítimas, incluindo pessoas com deficiência física. Um dos casos mencionados foi o de um motorista de aplicativo que se viu envolvido em uma emboscada armada pela polícia, que resultou na morte de um passageiro. Após o incidente, o homem relatou ter sido coagido pelos policiais a manter a versão apresentada por eles.
Dimitri Sales, presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana de São Paulo, destacou a ineficácia da Operação Escudo em promover segurança pública. Para ele, a atuação da polícia tem gerado mais vítimas, incluindo civis e agentes da segurança pública, e a operação precisa ser interrompida imediatamente.
Além disso, o relatório contou com a participação de diversas entidades e parlamentares que assinam o documento, evidenciando a gravidade das violações dos direitos humanos e a necessidade urgente de mudanças na política de segurança pública do estado de São Paulo.
Diante das denúncias, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) emitiu uma nota defendendo a atuação legalista das forças de segurança do Estado e colocando as corregedorias à disposição para investigar as acusações. A SSP também justificou as ações policiais como resposta à violência de criminosos, ressaltando a opção pelo confronto como uma decisão dos suspeitos e colocando em risco a vida de policiais e da população em geral.