Essa quantidade de cabos furtados seria suficiente para cobrir a distância entre Fortaleza, no Brasil, e Lisboa, em Portugal, que estão a 5,7 mil quilômetros de distância. Essas ações criminosas afetaram diretamente 7,6 milhões de pessoas, privando-os do acesso à telefonia e à internet. Além disso, o furto de cabos também impede o acionamento de serviços públicos essenciais, como polícia, bombeiros e emergências médicas.
São Paulo foi o estado mais afetado pelas ações criminosas, com 1,45 milhão de metros de cabos furtados em 2023, o que representou um aumento de 40% em relação ao ano anterior. Em segundo lugar ficou o Paraná, com 955,2 mil metros de cabos subtraídos, uma queda de 6%. Já a Bahia passou a ocupar o terceiro lugar, com 635.757 metros de cabos furtados, quase o triplo em comparação a 2022.
Para enfrentar esse problema, a Conexis Brasil destaca a importância de uma ação coordenada de segurança pública entre o Judiciário, Legislativo e Executivo, em todos os níveis de governo. A entidade defende a aprovação de projetos de lei que aumentem as penalidades para os criminosos e também para as empresas que adquirem equipamentos furtados. Além disso, é necessário rever a regra que penaliza as operadoras de telecomunicações quando o serviço é interrompido devido a esses crimes.
Diante desse cenário, medidas mais rigorosas e eficazes precisam ser adotadas para combater o furto de cabos de telecomunicações e garantir a qualidade dos serviços prestados à população.