O caso chocou a população local e reacendeu a discussão sobre a violência contra a mulher, especialmente o feminicídio. Dados do Fórum de Segurança Pública (FBSP) divulgados em novembro de 2023 revelaram um aumento nas ocorrências de feminicídios e homicídios femininos, enquanto os índices de crimes contra a vida em geral estavam em queda no país. O Monitor da Violência, projeto do G1 em parceria com o FBSP e o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo, apontou que os feminicídios e homicídios femininos cresceram 2,6% no primeiro semestre do ano passado, contrariando a tendência nacional de redução da violência letal.
Em uma entrevista concedida à imprensa na época, Isabela Sobral, supervisora do núcleo de dados do FBSP, destacou a importância da Lei Maria da Penha como um mecanismo fundamental na prevenção do assassinato de mulheres. Segundo ela, a medida protetiva de urgência prevista na legislação é essencial para evitar casos de violência contra a mulher e feminicídio, ressaltando a necessidade de sua efetiva aplicação. Estudos realizados em diversos estados demonstraram que a maioria das mulheres vítimas de feminicídio não possuía medida protetiva contra seu agressor.
O caso em Tupã reforça a urgência de políticas e ações efetivas de combate à violência de gênero, bem como a necessidade de reforçar a proteção e assistência às mulheres em situação de risco. A sociedade como um todo precisa se mobilizar e buscar soluções para garantir a segurança e a integridade das mulheres, visando a prevenção e o enfrentamento desse tipo de crime hediondo.