O processo em julgamento tratava de uma denúncia de corrupção e abuso de prestígio por um advogado que teria cobrado a quantia de R$ 100 mil para influenciar a decisão de um desembargador. Enquanto Zanin seguiu o relator, Luiz Fux, votando pelo trancamento da ação penal, Dino optou por divergir e seguir o voto da ministra Cármen Lúcia, votando pela continuidade do processo criminal.
Em seu voto, Dino ressaltou que o Supremo não atua no vazio, destacando a importância de considerar as decisões das instâncias anteriores ao proferir uma sentença. Ele defendeu a continuidade da instrução do processo, mencionando indícios de corroboração da colaboração trazidos pelo Ministério Público.
O habeas corpus foi o único caso julgado pela Primeira Turma naquela terça-feira, e logo em seguida a sessão foi encerrada pelo presidente do colegiado, o ministro Alexandre de Moraes. Dino também registrou um voto no plenário virtual no dia anterior, em um processo que discutia a possível repercussão geral de uma disputa entre um motorista de aplicativo e a plataforma Uber.
Com essas movimentações, Flávio Dino demonstrou sua postura firme e sua análise cuidadosa dos processos que chegam ao STF, ressaltando a importância de seguir as instâncias judiciais anteriores e considerar todos os elementos trazidos pelas partes envolvidas. Sua atuação promete trazer debates e reflexões fundamentais para o cenário jurídico do país.