A ação aconteceu no dia 12 de fevereiro, quando as autoridades locais abordaram a embarcação na costa africana e flagraram os indivíduos com espécies em perigo de extinção. Segundo as normas da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites), é proibida a comercialização desses animais, o que levou à prisão dos infratores.
Os animais resgatados foram levados para a Embaixada do Brasil em Lomé, onde receberam cuidados veterinários do Ibama para assegurar sua sobrevivência. Os micos-leões-dourados estavam desnutridos e com sinais de intoxicação por óleo de motor, enquanto as araras-azuis-de-lear apresentavam sintomas de estresse. Após o tratamento, os animais foram trazidos de volta ao Brasil no dia 24 de fevereiro, em uma ação coordenada pelos ministérios da Agricultura e Pecuária e do Meio Ambiente e Mudança do Clima.
As araras foram encaminhadas para a Estação Quarentenária do Ministério da Agricultura em Cananéia, SP, para avaliação e possível marcação com anilhas, enquanto os micos-leões-dourados cumprirão quarentena em um centro de recuperação e serão identificados por microchips. A operação denominada Akpé, que significa “obrigado” na língua Jeje do Tongo, marcou o início das investigações sobre o tráfico ilegal de animais.
A ação conjunta das autoridades brasileiras e togolesas foi fundamental para o resgate e retorno dos animais ao seu país de origem, evidenciando a importância da cooperação internacional para a preservação da vida selvagem. A prisão dos responsáveis e o cuidado com os animais resgatados demonstram o compromisso das instituições envolvidas na luta contra o tráfico de espécies em extinção.