O sucesso da missão foi comemorado com gritos e aplausos em todo o planeta, pois a órbita de Dimorphos encolheu substancialmente após a colisão. No entanto, o que surpreendeu os pesquisadores foi a resposta inesperada do asteroide ao impacto da sonda. Um estudo recente publicado na Nature Astronomy revelou que Dimorphos mudou de forma devido à força do impacto.
Em vez de criar uma cratera tradicional, o impacto da sonda deixou Dimorphos com uma forma mais achatada, lembrando um amassado. A reação peculiar do asteroide se deve à sua composição única, que se assemelha a “um monte de areia”, de acordo com Sabina Raducan, cientista planetária da Universidade de Berna. Este comportamento incomum sugere que a física por trás da reação de Dimorphos está além do que normalmente é observado na Terra.
Além disso, o estudo levantou preocupações sobre a fragmentação de asteroides em resposta a impactos futuros. Embora o DART tenha demonstrado que é possível desviar um asteroide, o risco de fragmentação pode criar novas ameaças para a Terra em caso de emergência.
Essas descobertas ressaltam a importância de entender melhor a composição e a reação dos asteroides diante de intervenções humanas. Missões futuras, como a Hera da Agência Espacial Europeia, serão cruciais para investigar os destroços de Dimorphos e obter mais informações sobre esses corpos celestes imprevisíveis.
Portanto, o impacto do DART em Dimorphos não apenas foi um sucesso científico, mas também abriu novas perspectivas para a defesa planetária e a exploração espacial. O estudo desses eventos traz valiosas lições sobre a complexidade e imprevisibilidade do cosmos, destacando a importância de continuarmos a explorar e compreender o desconhecido.