Nasa colide espaçonave com asteroide Dimorphos a 22 mil km/h, mudando sua forma e ampliando como um M&M

No ano de 2022, um evento que marcou a história da exploração espacial aconteceu: a colisão da nave espacial da NASA, com um custo de 325 milhões de dólares, com um asteroide chamado Dimorphos. Essa missão, denominada Double Asteroid Redirection Test (DART), tinha como objetivo alterar a órbita de Dimorphos ao redor do asteroide maior Didymos, como parte de um teste para prevenir o impacto de um asteroide potencialmente perigoso na Terra.

O sucesso da missão foi comemorado com gritos e aplausos em todo o planeta, pois a órbita de Dimorphos encolheu substancialmente após a colisão. No entanto, o que surpreendeu os pesquisadores foi a resposta inesperada do asteroide ao impacto da sonda. Um estudo recente publicado na Nature Astronomy revelou que Dimorphos mudou de forma devido à força do impacto.

Em vez de criar uma cratera tradicional, o impacto da sonda deixou Dimorphos com uma forma mais achatada, lembrando um amassado. A reação peculiar do asteroide se deve à sua composição única, que se assemelha a “um monte de areia”, de acordo com Sabina Raducan, cientista planetária da Universidade de Berna. Este comportamento incomum sugere que a física por trás da reação de Dimorphos está além do que normalmente é observado na Terra.

Além disso, o estudo levantou preocupações sobre a fragmentação de asteroides em resposta a impactos futuros. Embora o DART tenha demonstrado que é possível desviar um asteroide, o risco de fragmentação pode criar novas ameaças para a Terra em caso de emergência.

Essas descobertas ressaltam a importância de entender melhor a composição e a reação dos asteroides diante de intervenções humanas. Missões futuras, como a Hera da Agência Espacial Europeia, serão cruciais para investigar os destroços de Dimorphos e obter mais informações sobre esses corpos celestes imprevisíveis.

Portanto, o impacto do DART em Dimorphos não apenas foi um sucesso científico, mas também abriu novas perspectivas para a defesa planetária e a exploração espacial. O estudo desses eventos traz valiosas lições sobre a complexidade e imprevisibilidade do cosmos, destacando a importância de continuarmos a explorar e compreender o desconhecido.

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