Esses números representam mais da metade do total de casos registrados ao longo de 2023 e superam completamente os dados de anos anteriores, como 2021, 2020, 2018 e 2017. O crescimento atípico dos casos neste ano, tanto em termos de volume quanto de antecipação em relação ao período esperado, tem chamado a atenção das autoridades de saúde.
A secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, destacou que, em 2024, o aumento dos casos começou já em janeiro, em contraste com os anos anteriores, nos quais o pico de incidência ocorria geralmente no final de março e início de abril. Até o momento, houve um aumento de 369% nos casos em relação ao mesmo período do ano passado, além de 154% nos diagnósticos graves e 31% nas mortes.
Diante desse cenário preocupante, sete unidades federativas e algumas capitais, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Florianópolis, declararam estado de emergência em saúde. Essa medida permite um emprego urgente de ações de prevenção, controle e contenção da doença, visando a minimização dos riscos à saúde pública.
Uma campanha inédita de vacinação contra a dengue foi lançada, porém, a oferta será limitada devido à baixa quantidade de doses disponíveis. O Ministério da Saúde firmou acordo para recebimento de 6,5 milhões de doses em 2024, direcionadas a jovens de 10 a 14 anos em municípios selecionados. A expectativa é que, até o final do ano, o Brasil alcance a marca de 4,2 milhões de infecções, um aumento significativo em relação a anos anteriores.
Diante desse cenário alarmante, a população e as autoridades de saúde estão em alerta máximo, buscando alternativas para conter a propagação da doença e garantir a saúde e bem-estar da população brasileira. Ações de prevenção, controle e tratamento são fundamentais para reverter esse quadro preocupante e proteger a saúde dos cidadãos.
