Chefe da inteligência da Austrália revela que ex-político é “traidor” e vendeu país a potência estrangeira; pressão para identificar cresce

O governo australiano foi colocado sob pressão nesta quinta-feira para revelar a identidade de um ex-político que foi denunciado pelo chefe da inteligência como um “traidor” que vendeu o país a uma potência estrangeira. Em um discurso raro em Camberra, o chefe da Inteligência da Austrália, Mike Burgess, acusou esse ex-político de ter vendido seu país, seu partido e seus antigos colegas em troca de promover os interesses de um regime estrangeiro.

De acordo com Burgess, esse ex-político foi recrutado há vários anos por uma equipe de agentes de um país estrangeiro, que também tentou envolver um familiar do primeiro-ministro em atividades de espionagem. Apesar de não revelar a identidade do suposto traidor nem o país estrangeiro para o qual ele trabalhava, Burgess deixou claro que a Austrália é um alvo prioritário para a unidade de inteligência estrangeira conhecida como “equipe A”.

As revelações feitas pelo chefe da inteligência levantaram especulações sobre a identidade dos recrutados e levaram a oposição a pressionar o governo para que revele mais detalhes sobre o caso. O líder da oposição conservadora, Peter Dutton, criticou a falta de transparência e ressaltou a importância de nomear o suposto traidor para evitar que uma nuvem de suspeitas pairasse sobre todos.

Enquanto isso, o ministro da Defesa, Richard Marles, apoiou a decisão da agência de inteligência de manter a confidencialidade dos fatos, argumentando que era importante demonstrar ao país estrangeiro que seu disfarce havia sido descoberto. Apesar das pressões para revelar mais informações, o governo australiano até o momento não divulgou o nome do ex-político acusado de traição.

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