O avião em questão, um cargueiro Boeing 747 da Emtrasur, foi apreendido pelos Estados Unidos no dia 12 de fevereiro. O avião havia sido adquirido da companhia aérea iraniana Mahan Air e estava imobilizado no aeroporto Ministro Pistarini, em Buenos Aires, desde junho de 2022. A tripulação que chegou com a aeronave foi detida e posteriormente liberada.
Maduro não poupou críticas, chamando o ocorrido de “roubo” e chegando até mesmo a insultar o presidente argentino, Javier Milei, chamando-o de “bandido”. Ele descreveu a ação como “indignante” e mobilizou uma concentração chavista em Caracas, com um enorme tubarão inflável carregando uma bandeira dos Estados Unidos, como símbolo da sua revolta.
Essa situação de tensão entre Venezuela e Estados Unidos não é algo novo. As relações diplomáticas entre os dois países foram rompidas em 2019, depois que os EUA reconheceram Juan Guaidó como presidente interino do país. No entanto, o governo de Joe Biden tem apoiado processos de negociação entre o governo de Maduro e os setores da oposição, com destaque para um acordo que prevê eleições presidenciais em 2024 e a libertação de presos políticos.
Em meio a esse contexto delicado, o desmantelamento do avião venezuelano se torna mais um episódio turbulento nas relações entre os dois países. Resta aguardar as reações e desdobramentos desse incidente que tem causado indignação no governo de Maduro.