Desmatamento no Cerrado cai 48% em janeiro, atingindo 51 mil hectares, mostram dados do SAD Cerrado do Ipam

No mês de janeiro, foi registrado um importante avanço na preservação do Cerrado, bioma de extrema importância para o ecossistema brasileiro. Segundo dados do Sistema de Alerta de Desmatamento do Cerrado (SAD Cerrado), do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), a área de desmatamento no Cerrado diminuiu 48% em comparação com o mês anterior, atingindo 51 mil hectares.

Essa redução significativa é atribuída a medidas eficazes de políticas públicas de combate à degradação do bioma, aliadas ao volume de chuvas que auxilia os especialistas na identificação de áreas abertas. Em contrapartida, a quantidade de desmatamento em janeiro deste ano ainda ficou 10% acima do registrado no mesmo período do ano anterior, indicando que ainda há desafios a serem superados.

Dentre as regiões mais afetadas, o Matopiba, que abrange Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, se destacou, respondendo por 64% do desmatamento do mês passado, com um total de 33 mil hectares devastados. Tocantins e Piauí perderam 10 mil hectares cada, sendo que o aumento de 40% no desmatamento no Tocantins surpreendeu os especialistas, contrapondo-se à estabilidade do Piauí.

Além disso, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul também registraram crescimento na devastação da vegetação, com um aumento de 23% em relação ao ano anterior. Destaca-se também o município de Cotegipe (BA), que liderou a lista de maiores desmatadores em janeiro, com um aumento de 224% em relação ao mês anterior.

Os dados revelam a importância de ações efetivas na preservação do Cerrado, assim como na Amazônia, evidenciando a relação direta entre situação fundiária e taxas de desmatamento. O desmatamento em unidades de conservação, como o Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba e a Área de Proteção Ambiental Serra da Ibiapaba, também foi uma preocupação, atingindo 5 mil hectares.

Diante desse cenário, é fundamental que haja um esforço conjunto do governo federal, da sociedade civil e do setor privado na adoção de práticas sustentáveis para a conservação do Cerrado, garantindo a preservação desse importante bioma brasileiro para as futuras gerações.

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