Economia global desacelera de forma suave, aponta resumo do G20 sob presidência brasileira. Ministros não chegam a consenso sobre comunicado conjunto.

A economia global enfrenta desafios e incertezas que podem resultar em uma desaceleração suave, conforme aponta um documento divulgado pela presidência do G20, liderada pelo Brasil. Sem um comunicado oficial conjunto, o governo brasileiro resumiu as conclusões das reuniões dos ministros de Finanças e presidentes dos Bancos Centrais do grupo em um documento intitulado “Resumo do Presidente”.

Segundo o resumo, as perspectivas de crescimento no médio prazo permanecem moderadas, e as estimativas indicam que o crescimento econômico global se estabilizará em um nível mais baixo. O desafio dos países do G20 é estabelecer medidas que estimulem o crescimento econômico ao mesmo tempo em que mantenham a sustentabilidade nos orçamentos e criem reservas.

O documento destaca a necessidade de políticas fiscais, monetárias, financeiras e estruturais bem calibradas e comunicadas para promover políticas fortes, sustentáveis, crescimento equilibrado e inclusivo, além de manter a estabilidade macroeconômica e financeira.

Sobre a inflação, os ministros e presidentes dos Bancos Centrais ressaltaram a importância de garantir que a inflação convirja para as metas estabelecidas, apontando que a situação está menos grave do que nos anos anteriores, devido a políticas monetárias adequadas e à moderação dos preços das matérias-primas.

Além disso, o documento aborda questões geopolíticas como os conflitos na Ucrânia e em Gaza. Os países do G20 concordaram em manter a discussão sobre essas questões em fóruns e reuniões relevantes, reconhecendo que a trilha das finanças pode não ser o local mais apropriado para resolvê-las.

Outros temas abordados incluem a desigualdade econômica, a taxação internacional e a reforma do FMI, com os países se comprometendo a alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas e a implementar a reforma das cotas do FMI de forma ágil.

Em meio a riscos como guerras, protecionismo e perturbação das rotas comerciais, o documento destaca pontos positivos como uma desinflação mais rápida do que o esperado e uma consolidação fiscal favorável ao crescimento. A expectativa é de que os países continuem a trabalhar juntos para enfrentar os desafios econômicos globais e promover um crescimento sustentável e inclusivo.

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