O requerimento para a realização da audiência foi apresentado pelo senador Flávio Arns (PSB-PR) e aprovado em fevereiro. Durante o debate, o senador Wellington Fagundes (PL-MT) enfatizou a necessidade de políticas públicas que garantam o acesso às novas ferramentas tecnológicas para professores e alunos, especialmente diante do cenário de pandemia que evidenciou a importância da tecnologia na educação.
A educação midiática foi apontada como essencial para aprimorar a qualidade do ensino, formar cidadãos mais críticos e conscientes, melhorar o debate público e combater a disseminação de notícias falsas. Patrícia Blanco, presidente do Instituto Palavra Aberta, destacou a importância de orientar os estudantes sobre a identificação de conteúdos manipulados por inteligência artificial, ressaltando que o tema é relevante em nível internacional.
O diretor do departamento de Direitos na Rede e Educação Midiática da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Fabio Meirelles, destacou a colaboração do governo federal com países como França, Alemanha e Reino Unido na construção de projetos de educação midiática. Já Ismar de Oliveira Soares, presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores e Profissionais em Educomunicação (ABPEducom), ressaltou a necessidade de empoderar a comunidade por meio da educação midiática.
O jornalista e educador Alexandre Le Voci Sayad ressaltou a importância da troca de experiências internacionais sobre o assunto e expressou preocupação com a disseminação de fake news através da inteligência artificial. Ele destacou a necessidade de consolidar um hábito e uma cultura de educação midiática na sociedade para enfrentar os desafios atuais.
A discussão na Comissão de Educação demonstrou a relevância do tema da educação midiática e a necessidade de políticas públicas que promovam habilidades críticas para lidar com a informação no ambiente midiático em constante transformação.