Alberto Fernández, que retornou ao país na semana passada após passar dois meses na Espanha, negou as acusações em entrevista à rádio La Red. Ele afirmou ser um homem público que faz da honestidade um culto e que não cometeu nenhum crime, não participou de negócios indevidos e não autorizou tais ações. O ex-presidente destacou que as acusações estão afetando muitas pessoas boas.
O caso teve início após a advogada Silvina Martínez apresentar uma queixa criminal contra Fernández e Pagliano, acusando-os de prevaricação, abuso de autoridade e apropriação indevida de fundos públicos. De acordo com a denúncia acatada pelo MP, o suposto crime começou em 2021, com a mudança na contratação de seguros estatais.
O promotor encarregado do caso, Ramiro González, solicitou informações do Gabinete e da Secretaria Jurídica e Técnica da Presidência sobre os antecedentes do decreto e dos contratos feitos pelos órgãos do Estado. O MP também investiga a subcontratação feita pela Nación Seguros e as possíveis irregularidades envolvendo intermediários.
O ex-presidente enfrenta agora um duro desafio de provar sua inocência diante das acusações de desvio de dinheiro e prevaricação. A situação política e jurídica de Alberto Fernández fica ainda mais complicada com as investigações em curso e a pressão da opinião pública. Resta aguardar os desdobramentos desse caso que abala a Argentina e coloca em xeque a legalidade de suas ações como líder político.