Execução de assassino em série é cancelada após equipe médica falhar em injeção letal no estado de Idaho, nos EUA

A execução de um assassino em série no estado americano de Idaho teve um desfecho inesperado nesta quarta-feira (28), após a tentativa fracassada da equipe médica de aplicar a substância letal. Thomas Creech, de 73 anos, teve a execução cancelada após oito tentativas frustradas de inserir o acesso intravenoso para administrar as drogas que tirariam sua vida. O diretor do Departamento de Correção do estado, Josh Tewalt, anunciou que as autoridades irão debater nos próximos dias as medidas a serem tomadas em relação a uma possível nova tentativa de execução.

A situação levantou questões sobre a disponibilidade de substâncias para injeção letal nos estados americanos, uma vez que Idaho precisaria adquirir novas drogas para realizar outra tentativa. Em meio a essas dificuldades, legisladores de Idaho aprovaram o uso do “pelotão de fuzilamento” como meio alternativo de execução, caso as drogas não estejam disponíveis ou ocorra algum veto constitucional para a injeção letal. No entanto, Tewalt ressaltou que o estado não possui as instalações necessárias para realizar esse tipo de execução no momento.

Questionado sobre a possibilidade de usar gás nitrogênio para uma execução, como ocorreu em um caso no Alabama, Tewalt afirmou que seria necessária uma mudança na lei de Idaho para adotar essa prática. A situação de Thomas Creech, que estava no corredor da morte há mais de 40 anos e seria o primeiro executado em Idaho em mais de uma década, despertou debates sobre os métodos e procedimentos de execução nos Estados Unidos.

Diante desse cenário, o futuro de Thomas Creech e de possíveis novas tentativas de execução permanecem incertos. A falha na aplicação da pena de morte em Idaho evidenciou as dificuldades enfrentadas pelas autoridades em garantir a execução de condenados, levantando discussões sobre a eficácia e a humanidade desse tipo de punição em um país onde a maioria dos americanos ainda apoia a pena de morte para condenados por assassinato.

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