Fome ameaça 2,2 milhões de habitantes na Faixa de Gaza, ONU alerta sobre risco iminente de catástrofe humanitária.

A crise humanitária no norte da Faixa de Gaza coloca em risco a vida de milhares de habitantes, segundo alerta emitido pela ONU. A organização considera que a fome se tornou quase inevitável para a população, que sofre com a escassez de alimentos e a falta de acesso à ajuda humanitária.

Após cinco meses de conflito com Israel, os gazenses lutam para conseguir alimentos básicos, como folhas de árvores e forragem para o gado. A situação atingiu um nível crítico, levando as agências das Nações Unidas sediadas em Roma a realizarem medições precisas para determinar o grau de insegurança alimentar na região.

Os critérios utilizados para avaliar a fome são estabelecidos pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA) e pela FAO, com base na Classificação Integrada de Fases da Segurança Alimentar (IPC). Este sistema conta com cinco fases, que variam da segurança alimentar geral até a fome/catastrofe humanitária.

Estima-se que cerca de 2,2 milhões de habitantes da Faixa de Gaza estejam em situação de fome, principalmente no norte, onde a entrega de ajuda é quase impossível devido aos conflitos e à destruição. A escassez severa de alimentos levou a uma crise humanitária sem precedentes na região, com a mortalidade infantil aumentando e a desnutrição se tornando uma realidade para muitas famílias.

Diante desse cenário alarmante, o diretor-executivo adjunto do PMA, Carl Skau, alertou que a fome é iminente e pediu uma ação urgente do Conselho de Segurança da ONU para evitar que a população civil seja usada como peão em um conflito armado. A situação em Gaza exemplifica as consequências devastadoras dos conflitos armados e das crises humanitárias, que estão levando milhares de pessoas à beira da inanição.

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