Jovem enfrenta 12 anos de coceira intensa antes de diagnóstico raro: “PFIC3 mudou minha vida aos 29 anos”

A jovem farmacêutica Larissa Cazumbá enfrentou um longo e desafiador caminho até receber o diagnóstico de colestase intra-hepática familiar progressiva do tipo 3 (PFIC3), aos 29 anos de idade. O início dos sintomas, aos 17 anos, foi marcado por coceiras intensas e fadiga persistente, que não foram facilmente diagnosticados pelos dermatologistas na época.

As coceiras eram tão intensas que resultaram em feridas pelo corpo, afetando o sono e a vida social de Larissa. Os tratamentos na época não surtiram efeito, e foi somente após a necessidade de um transplante de fígado devido a cirrose que a pista para o diagnóstico de PFIC3 surgiu em uma consulta com um hepatologista.

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Durante o processo de investigação, Larissa compartilhou com o médico o caso de sua irmã, que há 12 anos havia passado por sintomas semelhantes durante a gravidez, mas que nunca mais apresentou tais sintomas posteriormente. Essa informação foi crucial para direcionar o diagnóstico correto para Larissa, comprovando a presença da doença dentro da família.

A PFIC3, causada por uma mutação genética que leva à alteração da formação da bile, é uma doença rara que, infelizmente, muitas vezes tem diagnóstico tardio devido à manifestação de sintomas inespecíficos e facilmente confundíveis com outras condições. O especialista Paulo Bittencourt ressalta a importância da conscientização e do diagnóstico precoce para garantir qualidade de vida aos pacientes.

Além disso, a instituição Casa Hunter, que visa proporcionar soluções públicas e sensibilidade do setor privado para pacientes com doenças raras, destaca a necessidade de mais acessibilidade a especialistas e acompanhamento clínico no Brasil. O programa Day Hunter foi criado com o intuito de agilizar o processo diagnóstico e de encaminhamento para tratamento, buscando garantir um cuidado integral e apoio psicológico para os pacientes e seus familiares.

O Dia Mundial das Doenças Raras, celebrado em 29 de fevereiro, tem como propósito elevar a conscientização sobre as milhares de doenças raras existentes no mundo, como a PFIC3, e ressaltar a importância do diagnóstico precoce para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. A informação e a educação são poderosas aliadas na luta contra as doenças raras e na busca por tratamentos eficazes.

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