A decisão de antecipar o cronograma de aumento da mistura de biodiesel foi tomada em dezembro de 2023 pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), antes prevista apenas para 2025. Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, essa mudança pode evitar a emissão de cinco milhões de toneladas de CO₂ na atmosfera e reduzir a importação de combustível fóssil.
Além dos benefícios ambientais, o aumento da mistura traz ganhos para a segurança energética do Brasil, economizando a importação de 2 bilhões de litros de diesel, de acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME). O ministro Alexandre Silveira ressaltou que a medida também beneficia os produtores agrícolas, fortalecendo o agronegócio e a agricultura familiar.
O MME estima que, para atender à demanda do aumento do biodiesel, será necessário um acréscimo de aproximadamente 6 milhões de toneladas de soja até 2025, quando a mistura será de 15% (B15). Além disso, a pasta prevê uma redução de gastos com importação de diesel fóssil em R$ 7,2 bilhões e a recuperação da capacidade produtiva ociosa das usinas instaladas.
A próxima mudança no percentual de mistura está programada para 1º de março de 2025, quando o biodiesel passará a representar 15% do diesel (B15). Essas medidas visam não apenas reduzir a dependência de combustíveis fósseis, mas também impulsionar o setor de biocombustíveis no país, gerando impactos positivos em diversos segmentos da economia.