Exército de Libertação Nacional (ELN) liberta todos os reféns por motivos econômicos na Colômbia, anunciou a guerrilha nesta sexta-feira.

O Exército de Libertação Nacional (ELN) anunciou nesta sexta-feira (1º) que libertou todas as pessoas que estavam em seu poder por motivos econômicos na Colômbia. A guerrilha emitiu um comunicado informando que cumpriu integralmente a orientação do Comando Central para libertar os reféns.

Essa ação faz parte de uma série de medidas tomadas pelo ELN, que inclui a suspensão temporária de hostilidades, renovada em janeiro após a sexta rodada de negociações de paz em Havana. No ano passado, o presidente esquerdista Gustavo Petro entregou uma lista de pessoas mantidas como reféns pelo grupo armado na Cidade do México, pedindo a libertação delas.

A suspensão das retenções com fins econômicos foi acordada entre a guerrilha e o governo após a crise causada pelo sequestro do pai do jogador de futebol Luis Díaz. Desde então, as negociações de paz sofreram contratempos, incluindo o congelamento temporário dos diálogos anunciado pelos rebeldes.

Apesar desses obstáculos, as partes concordaram em retomar o processo de paz em Havana, visando encontrar uma solução para o conflito armado que assola a Colômbia há mais de seis décadas. O ELN, em atividade desde 1964, possui cerca de 5.800 combatentes e uma ampla rede de colaboradores, de acordo com a inteligência militar.

O presidente Petro, primeiro líder de esquerda a governar a Colômbia, aposta em uma resolução negociada para o conflito que já deixou mais de 9 milhões de vítimas no país. A retomada das negociações é vista como um passo importante para buscar a paz duradoura no território colombiano.

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