De acordo com dados epidemiológicos do Ministério da Saúde, os casos de dengue em gestantes aumentaram significativamente nas seis primeiras semanas deste ano, comparado com o mesmo período do ano anterior. Diante desse cenário preocupante, a Federação Brasileira de Ginecologia Obstetrícia (Febasgo) lançou o Manual de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento da Dengue na Gestação e no Puerpério, em parceria com o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
Segundo o médico Antônio Braga, membro do Grupo de Trabalho sobre Dengue na Gestação da Febrasgo, as gestantes apresentam maiores chances de complicações quando infectadas, o que ressalta a importância de cuidados especiais para esse grupo. Medidas preventivas, como o controle de criadouros do mosquito, o uso de repelentes aprovados pela Anvisa e a utilização de barreiras mecânicas nas residências, são fundamentais para evitar a contaminação.
Além disso, o Manual da Febrasgo destaca a importância de cores de roupas que podem atrair os mosquitos. Cores vermelhas, azuis, alaranjadas e pretas devem ser evitadas, enquanto a cor branca não atrai o mosquito. Em casos de infecção, a orientação é repouso e aumento da ingestão de líquidos, associado a avaliações médicas diárias. Em situações graves, como choque, sangramento ou disfunção de órgãos, a internação é indicada, muitas vezes em unidades de terapia intensiva.
Dessa forma, é fundamental que gestantes sigam as recomendações do guia elaborado pela Febasgo em parceria com as entidades de saúde, a fim de prevenir complicações relacionadas à dengue durante a gestação e no puerpério. A conscientização e adoção de medidas preventivas são essenciais para garantir a saúde e o bem-estar das gestantes e de seus bebês.