IFAB determina novas regras para o futebol a partir de julho, incluindo possibilidade de substituição por concussão.

A International Football Association Board (IFAB) realizou uma importante assembleia no último sábado (2), na Escócia, para debater e determinar novas mudanças nas regras do futebol, que entrarão em vigor a partir do dia 1º de julho. Uma das principais alterações estabelece que em casos de concussão, a equipe do jogador afetado terá o direito de fazer uma substituição extra, seguindo os protocolos necessários para lidar com esse tipo de situação.

Além disso, outras quatro mudanças foram definidas durante a assembleia, cada uma com sua relevância no andamento do jogo. Uma delas obriga que as equipes tenham um capitão devidamente identificado com uma braçadeira. Outra regra determina que os jogadores são os responsáveis pelo tamanho e adequação de suas próprias caneleiras, um item de uso obrigatório.

Outra mudança importante ocorreu na regra 12, que agora indica que as infrações de toque de mão não deliberado dentro da área devem ser tratadas da mesma forma que outras faltas, podendo resultar em marcação de pênalti. Já em cobranças de pênalti, as normas determinam que parte da bola deve tocar ou estar acima da marca de cal, e a invasão da área por jogadores só será penalizada se afetar a jogada em andamento.

Além dessas alterações no livro de regras, a IFAB anunciou três testes que serão realizados em competições abaixo das duas principais divisões de cada país. Os testes incluem limitar a aproximação dos jogadores ao árbitro, criar um intervalo para acalmar os ânimos e aumentar o tempo para os goleiros reporem a bola em jogo.

Uma proposta que gerou expectativa, mas não foi incluída nas mudanças, foi a implementação do “cartão azul”, que significaria uma punição de 10 minutos fora do jogo para jogadores que cometessem faltas antidesportivas. A decisão de não aplicar essa medida foi motivada por um mal entendido que surgiu quando a proposta foi mencionada em novembro, de acordo com informações divulgadas pelo presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Gianni Infantino, e pelo CEO da federação inglesa de futebol, Mark Bullingham. O debate sobre a introdução do “cartão azul” permanece em aberto para futuras discussões.

Dessa forma, as mudanças nas regras do futebol indicam uma evolução constante do esporte, visando aprimorar a segurança dos jogadores e a justiça dentro de campo. Os testes realizados em competições menores poderão contribuir para verificar a viabilidade e eficácia das propostas, antes de uma possível implementação em níveis mais altos.