Este implante, chamado Stentrode, foi desenvolvido pela empresa americana Synchron e é uma forma de interface cérebro-computador (BCIs). Essa tecnologia permite que pacientes com paralisia grave, como os portadores de ELA, consigam se comunicar por meio do pensamento. Com o implante, um aparelho registra a atividade cerebral e a decodifica para controlar dispositivos como computadores, celulares e braços robóticos.
Em uma entrevista à CNN, Mark compartilhou sua experiência com o implante, mencionando que ele não sente que há algo em seu cérebro. Quando ele pensa em um movimento, como clicar em algo na tela do computador, o implante consegue interpretar esse sinal e transmitir a mensagem para o dispositivo. Além disso, a empresa Synchron publicou os resultados de quatro primeiros participantes com ELA que receberam o implante, mostrando que eles foram capazes de enviar mensagens de texto, e-mails, administrar suas finanças e até mesmo postar no antigo Twitter utilizando apenas o pensamento.
Outras empresas, como a Neuralink de Elon Musk, também estão avançando na área de BCIs. A Neuralink inseriu seu implante cerebral Telepathy em testes clínicos e conseguiu movimentar um mouse com sucesso apenas com o pensamento. Porém, há preocupações sobre a invasividade desses implantes. Enquanto o Stentrode da Synchron é considerado menos invasivo por não exigir uma cirurgia cerebral, implantes como o da Neuralink têm riscos associados à cirurgia de inserção.
A tecnologia de BCIs é uma das áreas mais promissoras da neurociência moderna, possibilitando avanços incríveis na comunicação e interação de pacientes com diversas enfermidades neurológicas. Com essas inovações, é possível enxergar um futuro onde a deficiência motora não será mais um obstáculo para a comunicação e interação social.