Implante cerebral permite paciente com ELA se comunicar por pensamento após diagnóstico aos 63 anos em 2021.

Aos 63 anos, em 2021, Mark recebeu um diagnóstico devastador: esclerose lateral amiotrófica (ELA). Essa doença afeta os neurônios motores no sistema nervoso central, resultando em uma paralisia motora irreversível e uma expectativa de vida de apenas três a cinco anos após o início dos sintomas. No entanto, Mark faz parte de um grupo seleto de pacientes que foram escolhidos para participar de testes clínicos de um implante cerebral inovador.

Este implante, chamado Stentrode, foi desenvolvido pela empresa americana Synchron e é uma forma de interface cérebro-computador (BCIs). Essa tecnologia permite que pacientes com paralisia grave, como os portadores de ELA, consigam se comunicar por meio do pensamento. Com o implante, um aparelho registra a atividade cerebral e a decodifica para controlar dispositivos como computadores, celulares e braços robóticos.

Em uma entrevista à CNN, Mark compartilhou sua experiência com o implante, mencionando que ele não sente que há algo em seu cérebro. Quando ele pensa em um movimento, como clicar em algo na tela do computador, o implante consegue interpretar esse sinal e transmitir a mensagem para o dispositivo. Além disso, a empresa Synchron publicou os resultados de quatro primeiros participantes com ELA que receberam o implante, mostrando que eles foram capazes de enviar mensagens de texto, e-mails, administrar suas finanças e até mesmo postar no antigo Twitter utilizando apenas o pensamento.

Outras empresas, como a Neuralink de Elon Musk, também estão avançando na área de BCIs. A Neuralink inseriu seu implante cerebral Telepathy em testes clínicos e conseguiu movimentar um mouse com sucesso apenas com o pensamento. Porém, há preocupações sobre a invasividade desses implantes. Enquanto o Stentrode da Synchron é considerado menos invasivo por não exigir uma cirurgia cerebral, implantes como o da Neuralink têm riscos associados à cirurgia de inserção.

A tecnologia de BCIs é uma das áreas mais promissoras da neurociência moderna, possibilitando avanços incríveis na comunicação e interação de pacientes com diversas enfermidades neurológicas. Com essas inovações, é possível enxergar um futuro onde a deficiência motora não será mais um obstáculo para a comunicação e interação social.

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