Sem entrar em detalhes sobre como o processo de fechamento será realizado, o presidente argentino demonstrou uma postura firme em sua decisão. Essa medida se soma à intervenção de todos os veículos de comunicação estatais decretada pelo governo ultraliberal no início de fevereiro, com o objetivo de modificar a estrutura orgânica e funcional desses canais.
Além da agência Télam, a intervenção incluiu a rádio e televisão pública, o portal educativo Educ.ar, o Polo de Produção Audiovisual e o Banco Audiovisual de Conteúdos Universais Argentino (Bacua). A Télam, especificamente, conta com mais de 700 funcionários, entre administradores, jornalistas e fotógrafos.
Em 2018, a agência de notícias enfrentou um processo de redução de pessoal que resultou na demissão de 357 trabalhadores, alguns dos quais foram posteriormente reintegrados por ordem judicial. Vale ressaltar que a Télam é a única agência do país que possui uma rede de correspondentes em todas as províncias argentinas, o que a torna um importante canal de informação para a população.
Com o fechamento da agência estatal de notícias Télam, a imprensa argentina passa por mais uma reviravolta em meio a um cenário político complexo e polarizado. Resta aguardar os desdobramentos dessa decisão e como ela impactará a liberdade de expressão e a pluralidade de informações no país.