Durante seu discurso na abertura das sessões ordinárias do Congresso argentino, Milei argumentou que a Télam vinha sendo utilizada como um meio de propaganda kirchnerista. O kirchnerismo, movimento de oposição alinhado aos ex-presidentes Néstor e Cristina Kirchner, foi visto como alvo dessa decisão.
Após o anúncio, houve manifestações contrárias por parte dos trabalhadores da agência, da oposição política e da sociedade em geral. A secretária-geral da Fatpren, Carla Gaudensi, declarou que a Télam não irá fechar e convocou a população argentina a se unir em defesa da agência.
A decisão de Milei também recebeu críticas da deputada Myriam Bregman, que denunciou o ataque aos trabalhadores e convocou ações como plano de luta e greve nacional. A Comisión Gremial Interna (CGI) da Télam convocou uma assembleia geral para discutir estratégias de enfrentamento.
O Sindicato de Imprensa de Buenos Aires e a Federação Argentina de Trabalhadores de Imprensa ressaltaram que a Télam é uma fonte importante de informação para todos os meios de comunicação do país. A agência, com mais de 700 funcionários e correspondentes em todas as províncias, desempenha um papel fundamental no ecossistema midiático argentino.
Essa não é a primeira vez que a Télam enfrenta ameaças de fechamento. Ao longo de sua história, passou por momentos difíceis durante distintos governos. A decisão de Milei, além de gerar controvérsia, coloca em discussão a liberdade de imprensa e a pluralidade de opiniões no país. A comunidade internacional também está atenta ao desenrolar dessa situação, que pode ter impactos significativos no cenário midiático argentino.