Socialistas europeus lançam campanha para as eleições na Europa focando em derrotar a extrema direita e os fantasmas do passado

Os socialistas europeus iniciaram neste sábado (2) a campanha para as eleições de 9 de junho na Europa, com foco em derrotar a extrema direita e impedir que os “fantasmas do passado” retornem. O Partido Socialista Europeu (PSE) possui o segundo maior número de assentos no Parlamento Europeu, ficando atrás apenas do Partido Popular Europeu (PPE).

Em meio à ameaça representada pela crescente influência da extrema direita, líderes políticos de diferentes países se reuniram em Roma para discutir estratégias e abordagens para as próximas eleições. O chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, ressaltou a gravidade da situação, alertando para os perigos do “ódio, ganância, falsidade, negacionismo climático e autoritarismo” propagados pela extrema direita.

Na mesma linha, o chefe de governo alemão, Olaf Scholz, destacou a importância de preservar uma “Europa unida” e de combater o avanço da extrema direita em todos os países e democracias ao redor do mundo. O líder do partido Plaza Pública e candidato socialista nas eleições europeias, Raphaël Glucksmann, ressaltou a relevância histórica dessas eleições e a necessidade de resistir à ascensão da extrema direita.

No congresso dos socialistas, foram abordadas questões como a segurança na Europa, a agricultura e a influência externa, com destaque para a preocupação com uma possível escalada do conflito na Ucrânia. Além disso, a escolha do luxemburguês Nicolas Schmit como candidato à presidência da Comissão Europeia pelo PSE mostra a mobilização dos socialistas para garantir uma liderança forte e unida no processo eleitoral.

Diante da proximidade das eleições, os partidos políticos utilizaram o descontentamento no setor agrícola como mote para suas campanhas, visando evitar o avanço da extrema direita. O líder dos socialistas franceses, Olivier Faure, ressaltou a importância de conciliar questões ambientais e agrícolas, reforçando que o verdadeiro inimigo da agricultura é o liberalismo, não a ecologia.

Com a presença de diversas personalidades políticas de peso, como a primeira-ministra dinamarquesa Mette Frederiksen e o comissário europeu de Economia Paolo Gentiloni, o evento reuniu representantes de diferentes países e partidos em um esforço conjunto para fortalecer a posição dos socialistas nas eleições europeias. A união e determinação demonstradas durante o congresso refletem a urgência de impedir o avanço da extrema direita e preservar os valores europeus de liberdade, democracia e solidariedade.

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