Gangues armadas invadem principal prisão do Haiti e liberam maioria dos detentos, incluindo suspeitos de assassinato do presidente.

No último sábado, uma ação criminosa chocou o Haiti, com a invasão da principal prisão nacional em Porto Príncipe por gangues armadas. O resultado foi a libertação da vasta maioria dos cerca de 4 mil detentos que ali estavam, incluindo indivíduos que enfrentavam acusações relacionadas ao assassinato do presidente Jovenel Moïse, ocorrido em 2021. A situação já vinha sendo tensa no país há vários dias, com uma onda de distúrbios que aumentava a instabilidade.

A embaixada francesa emitiu um comunicado alertando para o acontecimento e pedindo que a população evitasse deslocamentos e agisse com prudência. Também houve um apelo do Sindicato da Polícia Nacional do Haiti para que policiais e militares que possuíssem carros, armas e munições se dirigissem à prisão para reforçar a segurança, o que demonstra o grau de gravidade da situação.

Segundo relatos, membros importantes de gangues poderosas estavam entre os fugitivos, o que aumenta ainda mais a preocupação com a segurança pública do país. Além de criminosos comuns, líderes de gangues também foram beneficiados pela ação criminosa. A prisão localizava-se a poucos quarteirões do Palácio Nacional e abrigava indivíduos acusados do assassinato do ex-presidente Moïse.

A mídia local informou que os criminosos estavam observando a prisão com o auxílio de drones desde quinta-feira, o que indica um planejamento elaborado por trás da invasão. A ação brutal e organizada das gangues revela a fragilidade da segurança pública no Haiti e a necessidade urgente de medidas para conter a violência que assola o país. A população vive momentos de apreensão e teme pela sua segurança em meio a essa onda de criminalidade sem precedentes.

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