Chefe da diplomacia americana critica Cuba por campanha de prisões e abusos contra dissidente Martha Beatriz Roque Cabello

O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, fez duras críticas a Cuba por sua “campanha de prisões e abusos” contra a dissidente Martha Beatriz Roque Cabello. A ativista foi homenageada nesta segunda-feira com o prêmio Mulheres de Coragem, mas não pôde comparecer devido às perseguições que sofre em seu país.

Blinken, acompanhado da primeira-dama americana, Jill Biden, destacou a trajetória de Martha, que ao longo de mais de quatro décadas fundou e liderou diversas organizações de defesa dos direitos humanos e da democracia em Cuba. Ela foi a única mulher entre as 75 pessoas presas na Primavera Negra de 2003 e condenada a 20 anos, pena da qual cumpriu parte antes de ser libertada por motivos de saúde.

Mesmo após sua libertação, Martha continuou seu trabalho em prol dos direitos humanos, mantendo contato com presos políticos, documentando casos de audiências judiciais fraudulentas e prestando apoio a ativistas e suas famílias. Por conta de suas ações, foi alvo de perseguição constante pelo governo cubano, que a monitorava diariamente.

Blinken ressaltou que as autoridades cubanas submeteram Martha a uma longa campanha de prisões e abusos, chegando a proibi-la de viajar para o exterior. Apesar de não poder estar presente no evento de premiação, o chefe da diplomacia americana garantiu que estão ao lado de Martha todos os dias.

Essa situação levanta novamente a questão dos direitos humanos em Cuba e da necessidade de se proteger os defensores desses direitos, como Martha Beatriz Roque Cabello, que lutam incansavelmente por justiça e liberdade em um regime autoritário.

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