Exército israelense demole casa de suspeito de matar mulher britânica-israelense e suas filhas na Cisjordânia ocupada.

Na madrugada desta segunda-feira (4), o Exército israelense demoliu o domicílio de Moaz al Masry, um palestino acusado de ter assassinado uma mulher britânica-israelense e suas duas filhas na Cisjordânia ocupada. A casa de Masry foi derrubada após o ataque brutal que chocou a região em 7 de abril do ano passado.

Testemunhas palestinas relataram que o Exército israelense isolou o bairro de Al Makhfiya, em Nablus, onde a residência de Masry estava localizada, e cercou o edifício antes de explodi-lo. O ataque ocorreu no nordeste da Cisjordânia, onde três britânica-israelenses foram brutalmente assassinadas: Lucy Dee, de 48 anos, e suas filhas Rina e Maia, de 16 e 20 anos, residentes da colônia israelense de Efrat, próxima a Belém.

Após o crime, as forças israelenses confrontaram Masry em Nablus, onde ele acabou sendo morto juntamente com outros dois palestinos. Na época, o Hamas indicou que os três homens faziam parte de seu braço armado. Antes da demolição do imóvel de Masry, equipes do Crescente Vermelho palestino conduziram a evacuação de muitos moradores do prédio, incluindo crianças, e prestaram assistência a aproximadamente 15 pessoas que sofreram com o lançamento de gás lacrimogêneo pelas forças israelenses.

Israel justifica a demolição das casas de autores de ataques como medida para dissuadir potenciais terroristas palestinos. Este episódio de violência ocorre em meio a um cenário tenso na região da Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel desde 1967. A escalada de confrontos tem se intensificado desde o início da guerra em Gaza entre Israel e o Hamas, evidenciando a fragilidade da situação no Oriente Médio.

De acordo com dados do Ministério da Saúde com sede em Ramallah, pelo menos 420 palestinos foram mortos pela intervenção das forças israelenses ou de colonos desde o início do conflito. A comunidade internacional continua pressionando por uma solução de paz duradoura na região, mas os conflitos persistem, deixando um rastro de destruição e tragédia para as famílias envolvidas. A questão israelo-palestina permanece como um dos principais desafios geopolíticos da atualidade.

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