Fenaj repudia fechamento da agência de notícias argentina Télam pelo governo de Javier Milei em ataque ao povo argentino.

Após o encerramento das atividades da agência pública de notícias argentina, Télam, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) do Brasil emitiu uma nota repudiando a decisão do governo de Javier Milei. A Fenaj considerou a medida como um “ataque ao povo argentino”, enfatizando a importância da Télam, fundada há quase 80 anos e responsável por fornecer serviços jornalísticos em texto, áudio, vídeo e fotografias para centenas de veículos locais.

Segundo a Fenaj, a sede da Télam foi fechada e cercada por grades e policiamento, impedindo funcionários de acessar o local de trabalho. A entidade destacou que a agência emprega mais de 700 pessoas e denunciou a intransigência e violência do governo Milei.

Essa ação do governo argentino foi comparada pela Fenaj com tentativas de sucateamento e privatização da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) no Brasil a partir de 2016. A entidade ressaltou a resistência da categoria jornalística no Brasil para evitar um desfecho semelhante ao da Télam na Argentina.

Em uma entrevista à Agência Brasil, o diretor do escritório da organização Repórteres Sem Fronteiras para a América Latina, Artur Romeu, afirmou que o fechamento da Télam foi um desrespeito à sociedade argentina. Ele ressaltou a importância da comunicação pública para fortalecer o pluralismo no cenário midiático, especialmente em um país com alta concentração de meios de comunicação.

No momento, a página da Télam está fora do ar e os trabalhadores do portal foram informados de que estarão dispensados do trabalho pelos próximos 7 dias. O prédio da agência continua cercado por grades, impedindo o acesso ao local, em uma situação que levanta preocupações sobre a liberdade da imprensa e o direito à informação na Argentina e em toda a América Latina.

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