Segundo a Fenaj, a sede da Télam foi fechada e cercada por grades e policiamento, impedindo funcionários de acessar o local de trabalho. A entidade destacou que a agência emprega mais de 700 pessoas e denunciou a intransigência e violência do governo Milei.
Essa ação do governo argentino foi comparada pela Fenaj com tentativas de sucateamento e privatização da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) no Brasil a partir de 2016. A entidade ressaltou a resistência da categoria jornalística no Brasil para evitar um desfecho semelhante ao da Télam na Argentina.
Em uma entrevista à Agência Brasil, o diretor do escritório da organização Repórteres Sem Fronteiras para a América Latina, Artur Romeu, afirmou que o fechamento da Télam foi um desrespeito à sociedade argentina. Ele ressaltou a importância da comunicação pública para fortalecer o pluralismo no cenário midiático, especialmente em um país com alta concentração de meios de comunicação.
No momento, a página da Télam está fora do ar e os trabalhadores do portal foram informados de que estarão dispensados do trabalho pelos próximos 7 dias. O prédio da agência continua cercado por grades, impedindo o acesso ao local, em uma situação que levanta preocupações sobre a liberdade da imprensa e o direito à informação na Argentina e em toda a América Latina.