De acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Justiça, o objetivo desse remanejamento é evitar possíveis articulações de organizações criminosas dentro dos presídios de segurança máxima, além de dificultar a manutenção de vínculos dos detentos nas regiões onde essas unidades estão situadas. A transferência dos presos ocorreu entre os dias 1º e 3 de março, porém só foi divulgada oficialmente no dia 4, sem detalhes adicionais por questões de segurança.
Entre os detentos transferidos, Beira-Mar se destacou. Segundo informações veiculadas pelo site G1, ele estava cumprindo pena no presídio federal de Mossoró, onde ocorreu a fuga de dois detentos em fevereiro deste ano. Essa fuga foi a primeira registrada no sistema penitenciário federal desde a sua criação em 2006, com o propósito de isolar lideranças de organizações criminosas e presos de alta periculosidade. A investigação sobre a fuga revelou falhas nos equipamentos de segurança da unidade, como no sistema de monitoramento, e apontou que os detentos utilizaram ferramentas encontradas dentro do presídio para abrir o buraco por onde escaparam de suas celas individuais.
Diante desses acontecimentos, um processo administrativo e um inquérito da Polícia Federal foram abertos para apurar as circunstâncias e responsabilidades relacionadas à fuga dos detentos. A ação do Ministério da Justiça em remanejar os presos do sistema penitenciário federal reforça a importância da segurança e do controle no ambiente prisional, buscando dificultar as atividades criminosas e manter a ordem nas unidades de segurança máxima em todo o país.
