Tanto em Washington quanto na Europa, crescem os apelos para a criação de um fundo destinado à Ucrânia, que poderia contar com bilhões de dólares provenientes de contas bancárias, investimentos e outros ativos congelados pelas potências ocidentais. O primeiro-ministro ucraniano, Denis Shmigal, destacou em uma coletiva de imprensa que a apreensão dos bens russos deve se tornar uma fonte confiável de apoio ao Estado e financiamento para a recuperação do país.
O país alerta que necessita desesperadamente de mais assistência militar e financeira, aguardando a decisão sobre um pacote de ajuda no valor de 60 bilhões de dólares dos Estados Unidos, que está pendente de aprovação no Congresso em Washington.
Shmigal enfatizou a urgência das ações por parte do Ocidente, destacando a importância de agir rapidamente antes que as eleições e mudanças políticas prejudiquem os esforços de reconstrução. A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, argumentou na semana anterior a favor da apreensão dos ativos, ressaltando a questão moral por trás dessa medida e instando os países do G7 a explorarem suas opções.
A Rússia, por sua vez, prometeu adotar represálias caso seus bens confiscados sejam redirecionados para a Ucrânia, classificando a proposta como “destrutiva”. A situação segue em um impasse, com a Ucrânia buscando apoio financeiro e militar para se recuperar dos impactos da invasão russa e reconstruir o país. A comunidade internacional observa de perto os desdobramentos dessa crise e a pressão sobre o Ocidente para auxiliar esse país europeu.